29
Live at the Quick - Béla Fleck & The Flecktones
Bem, o que dizer deste registo...Os aplausos de boas-vindas do público, deixam antever o entusiasmo e diversão que se vai criar entre audiência e artistas. Interrompida pelo som do oboé de Paul Hansson e dos saxofones de Jeff Coffin e de Paul McCandless, a plateia vai-se preparando para aquilo que se viria a tornar um arraial de porrada de excelência musical. Misturando bluegrass (ou newgrass para os mais afoitos), através do banjo de Béla Fleck, com o jazz dos saxofones e do baixo do virtuoso e imbatível Victor Wooten, adicionando uma pitada de sonoridade oriental pela voz de Kongar-ool Ondar e pelo tabla (conjunto de intrumentos de percussão) de Sandip Burman, o conjunto vai contar ainda com a ajuda de Andy Narell nas panelas de aço, e do bizarro baterista Future Man. Existindo também a edição em DVD, que desde já recomendo, este é um álbum que para os fãs de new-jazz (mas não só) será sem dúvida obrigatório conhecer. É que no conjunto figuram artistas que são considerados os melhores do mundo no que fazem. E essa é desde logo a premissa para um banquete para os sentidos.
Num ambiente de muita festa e alegria musical os Flecktones vão debitando enormidades como a Earth Jam, Hall of Mirrors, ou a lindíssima Big Country. Dando ainda espaço ao virtuosismo individual de cada músico, o ouvinte vai testemunhando as potencialidades de cada instrumento, levados por vezes a um limite quase inconcebível, para depois se notabilizarem num entrusamento perfeito entre cada um, possibilitando uma reunião de gigantes, naquele que foi um momento raro e precioso no mundo da música.
Em suma, Live at the Quick é muito mais do que um álbum ao vivo. É uma festa de arromba!